terça-feira, 2 de junho de 2015

#Dicas: Pneus - entenda as siglas.

As Siglas Impressas nos Pneus de Moto Trazem Informações Importantes Sobre Suas Características, velocidade máxima, carga, dimensões, formato devem ser respeitados para cada tipo de moto.



Atualmente o sistema numérico ISO (International Organization for Standardization) é o mais utilizado na descrição das características dos pneus. E é esse sistema que vamos abordar aqui. 

Exemplo de pneu descrito no Sistema Métrico ISO
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Largura da banda de rodagem (tread): Dado em milímetros (mm) indica a largura da seção disponível a entrar em contato com o solo. Varia na faixa de 60mm (Honda Biz 100cc) em motos pequenas a 240mm (Ducati Diavel), ou mais.

Perfil: Indica a altura do pneu, o valor é uma relação entre a largura do pneu com a altura do flanco. (Perfil % = Altura / Largura).

Assim, no exemplo acima: 
Perfil = 60 
Altura = X 
Largura = 180
Fica:
60 = X * 180
X= 0,6 * 180
X= 108 = Altura = 108 mm

A sigla Z indica, e só está presente em, pneus esportivos.

Construção: Indicado pelas siglas R para radial, B para bias ou por um hífen "-" para diagonal ou convencional. Determina o modo de construção das estruturas internas do pneu. 

Exemplo de escrita métrica para pneu diagonal:
90/90 - 21 M/C




Características de cada tipo de construção: 

Bias:  
Possui uma carcaça mais rígida, oferecendo boa estabilidade lateral. A rigidez lateral adicionada oferece vantagem para maiores cargas.

Radial:
 Tem um invólucro mais flexível, que oferece maior conforto na condução, maior durabilidade da superfície, tração superior, flututação e menor consumo de combustível

Diagonal / Convencional: 
 Mais apropriado para "off-road" aguentam maiores cargas, mais resistentes a impactos, porém duram menos, pois o atrito entre as lonas causa aquecimento e esses pneus trabalham sob maior temperatura e podem apresentar deformações, prejudicando a estabilidade.


Diâmetro do aro: o valor representa o diâmetro do aro em polegadas. Os diâmetros mais comuns utilizados em motocicletas são 17", 18", 19" e 21".

M/C: A sigla indica que é um pneu de motocicleta. A sigla para carros de passeio é P e comercial C.

Índice de carga: Representa, através de um número, qual a capacidade de carga do pneu. O número não indica o peso em quilogramas diretamente, existe uma tabela de conversão e o valor da carga é por pneu. 





Índice de velocidade máxima: Indica a velocidade máxima suportada pelo pneu.




Parênteses: O parênteses nos índices de carga e velocidade máxima indicam que o pneu suporta também além da especificação indicada.

Tipo de Montagem: Os pneus podem ser montados com ou sem câmara interna. 

TL: Tubeless -> Sem câmara
TT: Tube Type -> Com câmara

Pneus sem câmara permitem que se use câmara quando o aro é raiado.
No entanto, pneus com câmara não podem ser montados sem câmara.

ATENÇÃO: A calibragem do pneu é expressa no manual da motocicleta e deve ser respeitada. A impressão de pressão no flanco do pneu indica o limite máximo suportado e não a calibragem adequada para o uso. Consulte o manual do proprietário!

DOT: Outra informação que vale a pena conhecer sobre o pneu é entender a sigla DOT (Department of Transportation), que determina quando o pneu foi fabricado, podemos assim saber a "idade" do pneu, veja como: 
- O código começa com as letras DOT
- Em seguida por duas letras ou números que representam a fábrica que o produziu 
- Depois há três ou quatro números dependendo de quando foi produzido

Veja o exemplo:
DOT BW 0615 

BW: A sigla da fábrica
06: A semana em que se produziu (o ano possui 52 semanas)
15: O ano de fabricação

Então, a fábrica "BW" produziu este pneu entre os dias 8 e 14 de fevereiro de 2015.

Fonte:http://cpmoto-oficial.blogspot.com.br/

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Bons ventos!!!!


segunda-feira, 1 de junho de 2015

#Dicas: Os 10 maiores inimigos do motociclista.



É comum encontrarmos em nosso dia a dia, pessoas tecendo fervorosas críticas ao uso da motocicleta, e estas são as mais diversas, começando pelo comportamento de alguns motociclistas, passando pelos custos hospitalares e chegando até as questões de segurança pública.

Algumas esferas do Governo Federal têm se referido a estes acidentes como uma epidemia em nosso país. Mas, o que pouca gente sabe é que, apesar de muito ainda precisar ser feito, inúmeras ações em busca da harmonia no trânsito e pilotagem com segurança são realizadas em ao longo de todo território nacional. É verdade, também, que muito ainda precisa ser feito, pois, a grande maioria dos acidentes pode ser evitado se forem adotadas medidas muito simples pelos próprios usuários das motocicletas e se o sistemas de fiscalização de trânsito e segurança pública fossem mais efetivos.

Para que sejam tomadas as medidas realmente capazes de produzir resultados, é necessário conhecer o problema. Por isto, proponho neste artigo uma reflexão sobre os maiores inimigos da moto, em termos de pilotagem segura. O grande inimigo do motociclista é a imprudência dos próprios usuários e motoristas que, segundo a última pesquisa realizada pela Dra. Júlia Greve, em conjunto à USP e ABRACICLO, são responsáveis por 88% dos acidentes.

Mas, imprudência é um termo relativamente genérico, portanto, vamos refletir sobre o que expõe o motociclista a maior fragilidade e, consequentemente, ao maior risco de acidentes.

Auto confiança excessiva que resulta no “abuso” – É até natural que o ser humano passe a fazer de maneira “automática” tarefas que realiza com muita frequência, e isto acontece também no ato de pilotar motos. Mas, independentemente da experiência e frequência com que se pilota, é fundamental manter a concentração e o senso de limites apurados quando estamos acelerando.

É frequente observarmos jovens se expondo a riscos tão elevados quanto desnecessários.

Falta de visão do poder público – Infelizmente, em algumas regiões do País, o poder público parece ignorar a existência de motocicletas. Mesmo nas maiores cidades brasileiras, onde a moto poderia perfeitamente ser considerada uma das alternativas aos problemas de mobilidade urbana, pouco se faz visando a segurança do motociclista. Um simples exemplo disto é o número baixíssimo de faixas exclusivas, a restrição em estacionamentos, que muitas vezes são da própria prefeitura, como acontece no Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Capacitação – Quem já realizou o CFC (Curso de Formação de Condutores) sabe. As regras e métodos utilizados atualmente são insuficientes para preparar o condutor para pilotar qualquer tipo de motocicleta. São ignorados fatores como velocidade, estradas, tipo de motocicleta, condução de garupa, entre outros. O resultado é que o cidadão é habilitado a pilotar qualquer moto em qualquer lugar e, quando isto acontece de fato, o risco é enorme.

Uso de equipamentos de segurança – Infelizmente itens tão básicos como capacete, luvas, calçador e roupas minimamente seguras para o uso de motocicletas são ignorados pelos usuários.

Manutenção das motos – Apesar do custo de manutenção da grande maioria das motos ser relativamente baixo, muitos motociclistas arriscam suas vidas, utilizando peças e equipamentos sem a mínima condição de segurança.

Distração com músicas ou celular – Há pouco tempo atrás não era comum encontrar motociclistas utilizando fones de ouvidos ou mesmo falando ao celular durante a pilotagem. Estas atitudes são extremamente perigosas, pois além de tirar a atenção do piloto, também o impede de ouvir o que está acontecendo a sua volta, como o som de uma buzina ou mesmo a aproximação de outro veículo.

Uso de drogas e álcool – A pesquisa realizada pela Dra. Julia Greve constatou que 21,7% dos condutores acidentados haviam feito uso de drogas e álcool.

Pilotagem sem habilitação – Se o atual método de habilitação ainda está longe de ser o ideal, que dirá do risco de se pilotar sem habilitação. A mesma pesquisa revela que a ausência de habilitação está diretamente ligada à gravidade das lesões. Entre 300 vítimas de acidentes com entrada em hospital temos: 57 sem habilitação (entre estes, 67% sofreram lesões graves). 243 habilitados (entre estas, 43% sofreram lesões graves).

Imprudência do motorista – De acordo com pesquisas, 49% dos acidentes de motos ocorrem por culpa de motoristas de outros veículos, entre estes, 88% são por imprudência. É preciso ter harmonia no trânsito, pois este é responsabilidade de todos.

Formação de cidadãos preparados para o trânsito – O transito é uma realidade na nossa sociedade. De norte a sul do País, o tráfego de veículos é cada vez mais intenso, sendo assim, mais complexo e perigoso. Por que ainda não faz parte no plano de ensino das escolas primárias e secundárias, uma matéria que forme as crianças e jovens para esta realidade? Nossos jovens fazem 18 anos, correm para tirar sua habilitação e tentar provar que já são adultos. Ás vezes, nem chegam a ser! Até quando o poder público vai ignorar esta realidade?

Se juntos refletirmos e cada um agir dentro daquilo que está ao seu alcance, poderemos fazer a diferença para um trânsito mais humanizado e menos violento.





(*) Fernando Medeiros é diretor executivo da ASSOHONDA.

Fonte: Campo Grande News/http://www.utiama.com

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Forte abraço e boas estradas!!